quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Carta a Mozart sobre Nosso Nobre Alcaide e sua Reeleição

Oi, Mozart.

Estou escrevendo para lhe cobrar o artigo sobre as urnas eletrônicas. Nosso alcaide foi pautado por mim
e escreveu um artigo se defendendo, dizendo que não há risco algum e que desde 94 as urnas ficaram maravilhosas,
inexpugnáveis.

Pelo contrário, desde então estão mais e mais sendo questionadas e em 2018 o voto será impresso.

Eu duvido muito que nosso nobre alcaide realmente chegasse a 61 por cento de aprovação na cidade. Para isso, ele teria que
manter os trinta por cento com os quais foi eleito, não ter desgaste algum e ainda dobrar o apoio.

Curiosamente, ele mesmo adiantou o resultado em "pesquisas" no Jornal de Negócios, dizendo que chegaria a setenta
por cento (!). E que "quanto mais bate, mais ele cresce". Como se criticá-lo (bater) não fosse algo que ele pune com
processos, fora o fato de que ele introduziu na cidade a militância em ambientes virtuais ao estilo do PT. Qualquer crítica
é respondida por bate-paus dele na web com baixarias e agressões pessoais, sempre demonizando quem critica.

O nosso nobre alcaide parece querer uma cidade corporativa, onde tudo pertence a uma só família e a um só grupo. E ele parece ter argumento$ para conseguir isso.

Ao contrário do cenário de todo país, onde em geral os candidatos vencem com trinta por cento e há
trinta por cento de nulos e brancos, aqui há quatro por centro de nulos e brancos, somente.

Lembre-se que o esquema, segundo ele mesmo, era passar os brancos e nulos para votos válidos...para algum candidato.

Foram relatados muitos casos de urnas eletrônicas dando problema, como no caso da Escola Coronel Praxedes. Na Escola Miguel Gontijo, o boca de urna do nobre alcaide, paladino da honestidade, foi tão escandalosa que foi preciso chamar juiz e promotor lá. As ocorrências com urnas que não apresentaram o nome do candidato ou apresentavam o voto nulo foram inúmeras, tantas que a PM alegou não ter viatura para poder cobrir todas.

Espero um artigo seu a respeito.

Abraços do Lúcio Jr.

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