quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Nem impiximã e nem ajuste fiscal

Sobre os debates nos dias que correm, sou da posição: nem impiximã e nem ajuste fiscal.

Não adianta apoiar esse governo e querer empurrá-lo para a esquerda. Ele não vai. É preciso ser oposição.

Recuso, no entanto, chamar quem pede impiximã de golpista. Impiximã foi um recurso eleitoreiro usado pelo PT e que enganou as massas.  Não vamos prometer a um operário, na porta de fábrica, que com impiximã sua vida vai mudar.

 Fazendo assim, estaremos mentindo. Criando falsas ilusões.

O impiximã de Collor, seguido do Plano Real, iludiu as massas, que imaginam que podem viver a mesma situação: tira-se o gestor e o outro faz alguma coisa para melhorar a economia. No atual contexto, isso é impossível.

No entanto,  quem é de esquerda não deve combater o impiximã.

O impiximã, a meu ver, tem algum embasamento jurídico, sim.

O governo brasileiro apoiou um golpe no Haiti e mantém nosso exército apoiando um governo que se legitimou em eleição, mas nasceu do golpe.

 Em Honduras, diante do golpe violento, Dilma apenas disse: "mas não teve uma eleição depois?" Para ela, então, pode haver golpe no Brasil, basta fazer eleição depois?

Um comentário:

Paulo Falcão disse...

Caro Lúcio, concordo: achar que eleição legitima um golpe é, em si, um novo golpe.