sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

SVP=FDP, Battisti, Mitre, Casoy, Jean Wyllys, Fórum Social, Venus de Willemdorf, Kate Moss

A novela Battisti continua. Leio no blog do Caetano que existe um tal Bragaglia em Ilhabela que cometeu crimes de extrema-direita e poderá ser extraditado. Uma tal Cristina, a mesma que protagonizou um barraco com o Gerald lá no blog dele, está lá no Caetano e comentou essa do direitista de Ilha Bela. Será amigo dela?

Crimes de extrema-direita costumam ter certa simpatia de partes do aparelho do estado. Um exemplo é o da Paula, advogada brasileira atacada por suíços de extrema-direita. A Europa está ficando cheia de neofascistas violentos, essa é a face mais perversa da globalização por lá. A polícia diz que os acontecimentos não estão muito claros e a mídia reproduz isso. Um jornal suíço, protegendo o SVP, União Democrata Cristã ou coisa que o valha: na verdade, um bando de xenófobos. SVP=FDP. Eles são os verdadeiros abutres que devoram a Suíça e a Europa. E ela, como na versão maluca dos suíços para ficarem bem com o poder, tiver se auto-flagelado? E se isso virar moda e Reinaldo Azevedo aparecer com um "PT" tatuado em pleno auto-flagelo católico no bumbum? Bem fashion, não? Eu tinha simpatia pelo Direto da Redação, mas hoje, como um cara que escreve na Suíça lá, um tal Rui Martins, bancou essa versão do poder e mandaram como título do newsletter, acho que Gerald deve estar certo a respeito deles e "alguém do DR deve ter problemas".

Badan Falhares é um estado de espírito, hein? Baixou nos suíços! E ninguém vai ser condenado pela morte do mineiro Jean Charles. Scotland Yard sucks! Schweitzer SVP, du bist schrecklich!

O Terceiro Mundo precisa explodir essa hegemonia do norte. Mas nós continuaremos indo para lá, pois eles estiveram aqui como colonizadores.

Sinceramente, como Netantahu, com o russo ou com, como a mídia pronuncia, "Zíper Livre", o futuro de Israel me parece sombrio. O país apostou tudo no apoio americano. Se o apoio americano se tornar anti-econômico, não duvido que os USA abandonarão Israel à própria sorte. Daí ouviremos falar da "Faixa de Haifa" ou coisas que tais. Mas por enquanto, embora a Igreja Católica esteja santificando padres franquistas que tombaram às dezenas, ainda pelo menos obriga o padre antissemita a pedir desculpas.

E o caso Battisti ainda dá o que falar. Casoy, para reforçar suas verdades, chamou lá no SBT o Fernando Mitre e um professor universitário cujo nome esqueci. Ficaram com uma conversa que não enfrentou os fatos a respeito do caso e ficou repetindo o caso dos boxeadores cubanos (Caetano já voltou atrás e retirou essa comparação, no que foi muito sensato; talvez Tarso Genro tenha lhe telefonado). Casoy tinha algo de escultura, de estátua, de pedra, de retorno ao chão. Ele parece uma estátua de si mesmo, uma talking head de mármore. Mitre era mais humano, mais eros do que tanathoscasoy, mas mesmo assim com uma barbicha histriônica acentuava sorrindo "verdades" levianas televisivas. Tinha para tudo o aval do profe, que sempre repetia que o Proletários Armados pelo Comunismo era um grupo criminoso comum, que Battisti precisa ir para Itália senão estamos falando mal da DEMOCRACIA italiana, que está sendo conspurcada em sua pureza burlescômica. Hard Times in Bello Paese, como escreveu John Hemingway, acentuando que Burlesconi é tão xenófobo com os ciganos da Itália quando outros partidários modernos da expulsão dos imigrantes.

A coisa foi muito diferente na Record, quando um jovem entrevistador confrontou um jovem representante do governo italiano e um defensor dos Direitos Humanos. Falou-se em Mitterrand (que perdoou Battisti), no fato de que o grupo de Battisti era político, incontestavelmente, dentre outros argumentos, deixando o defensor de Bushesconi em maus lençóis. Os argumentos dos caras se desfazem num diálogo sério.

Fico feliz pelo Fórum Social no Pará e fico satisfeito em ver que em Davos assumiram que o papel do estado é importante. Já a Revista Veja se sentiu pessoalmente desacatada. Davos virou marxista?

Jean Wyllys atacou Patrícia Kogut por uma nota que dizia que ele se negou a dar entrevista no Globo Repórter. O único que me interessava na história toda era ele, um professor universitário intelectual que vivia citando Caetano Veloso. Caets, que eu saiba, nunca citou o nome dele. O blog dele era simpático e ele até me respondeu um e-mail que mandei a respeito do programa e de um texto meu sobre Oswald e a tropicália. Mas o blog do Jean, aí por 2006, era como o myspace da Nina Hagen: comandado por outros, oxe, pois Jean tinha mais o que fazer...

Wyllys fez uma grande jogada política assumindo ser gay na TV e ganhou a disputa. A partir da aprovação do público à sua pessoa, ele ficou imune no programa e conspirar contra ele virou ataque politicamente incorreto ao público e a uma minoria. E, diga-se de passagem, eu acho o politicamente incorreto importante e é algo que deve ser pensado. Em geral, é positivo. Eu simpatizo com Jean, mas no caso da Kogut, ele quis se defender, na verdade, da Globo. Foi ela que disse que ele se negou a dar entrevista para o Globo Repórter, numa postura vingativa. Ele simplesmente estava de férias. Mas as organizações querem não só o corpo dos bróderes, querem suas almas. Jean se negou, pois foi curtir o paraíso baiano e baiano não tem a ética protestante do trabalho, graças a Deus e aos orixás.

Outro dia vi uma entrevista de Kate Moss, a "cocaine Kate" dos tablóides ingleses. Um artista fez dela uma escultura dobrada com seu peso: cinquenta quilos. Kate é o modelo da mulher moderna, magra por cobrança do padrão. O meu padrão é a Vênus de Willemdorf.

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