domingo, 11 de janeiro de 2009

Por que somos nietzschianos

Reencontro, a propósito das discussões sobre Nietzsche no blog do Gerald Thomas, o livro Porque Não Somos Nietzscheanos, da finada editora Ensaio. O livro é de 1992. É um apanhado de marteladas eclético-liberais no Nietzsche, mas destaca algumas frases que contribuem para o debate no blog do Gerald. O aforismo 46, segundo Comte-Sponville, está no Anticristo:

"O que segue daí? Fazemos bem em vestir luvas quando lemos o Novo Testamento. A proximidade de tanta sujeira torna-o quase obrigatório. Frequentaríamos os ´primeiros cristãos´ tão pouco quanto os judeus polacos: não que tenhamos de lhes censurar a mínima coisa...Ambos cheiram mal (...). Será ainda preciso que eu diga que em todo o Novo Testamento só aparece uma única figura que se deva honrar? Pilatos, o governador romano. Ele não conseguia levar a sério uma briga de judeus. Um judeu a mais ou a menos -- que importa?"

Para Comte-Sponville, o antijudaísmo e o anticristianismo se mesclam a uma admiração sincera.

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