sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Esperas

ESPERAS

Quem espera sentado

o inabalável tempo

das reconquistas

sente no rosto a poeira

áspera e seca

na concentração esperta

das sujeiras

o tempo não chega ao tempo

das minúcias e a espera

se apresenta em exposição

amaldiçoada das vertentes

levantar e sair da vida inviável

de incertezas postas aos lados

irrecusáveis das sentenças

povoadas ao interior melódico

como o vento se apresenta.

(Pedro Du Bois, inédito)

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