quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Carta-Artigo para John Hemingway

John: encontrei esse artigo seu na página de um reacionário chamado Félix Maier. Gostei do seu artigo e preservei a nota do Maier para que você possa ver.




Este sujeito, que é neto do velho Hemingway, não pode negar suas origens, considerando que o avô foi espião de Castro durante todo o tempo em que viveu (e se serviu muito bem) na Ilha caribenha. Óbvio que ele vai condenar SEMPRE os Estados Unidos (curiosamente, foi onde se formou e vive até hoje mas cospe no prato que come, como toda a escória comuna que prolifera por lá).

A velha tática de condenar in limine a base americana de Guantánamo, mesmo quando NINGUÉM jamais pôs os pés lá dentro para averiguar se as denúncias procedem, continua firme e forte, em detrimento das outras prisões cubanas, bem ali do lado desta. Fidel pode; o que ele faz contra prisioneiros políticos e de consciência é justo e merecido. O que ocorre nelas não é tortura mas "corretivo".

Os suicídios de 3 supostos terroristas causam a indignação do mundo mas os assassinatos nas masmorras cubanas de Fidel, sequer são mencionadas pela imprensa.

De fato, são critérios de julgamento assimétricos.

Sds,

MG (Miss Grace, ou seja, Graça Salgueiro)

*

**

http://www.intellibusiness.com.br/diretodaredacao/noticias/index.php?not=2703

Publicada em: 14/06/2006

SUICÍDIOS ASSIMÉTRICOS

John Hemingway

Os militares norte-americanos têm se esforçado ultimamente em serem tão bravos em seus pensamentos quando seu comandante-em-chefe. Eles próprios têm se adaptado ao bravo mundo Neoconservador, segundo o qual o inimigo deve ser arrancado pela raiz e derrotado sem compaixão e sem remorso. Aos olhos de Bush, “se você não está conosco então você está contra nós”, e este ponto de vista certamente deve ter influenciado o mais recente exemplo de argumento criativo do comandante da base americana em Guantanamo, Cuba.

Quando dois árabes sauditas e um yemenita cometeram suicídio, classificado por seus advogados como um ato de desespero, o comandante do campo, Contra-Almirante Harry Harris, viu o fato como mais uma retaliação do inimigo. Harris não acredita que os homens estivessem deprimidos ou infelizes, longe disso. “Eles são espertos. Criativos e devotados”, declarou. “Eles não têm respeito pela vida, nem pelas nossas nem pelas deles e eu acredito que os suicídios não tenham sido um ato de desespero, mas um ato de guerra assimétrica contra os EUA”.

Os três, de fato, estavam participando com muitos outros prisioneiros de uma greve de fome em protesto contra a detenção ilegal e desumana que lhes foi imposta. Essas greves terminam geralmente com os prisioneiros amarrados numa cadeira, onde são alimentados à força através de tubos de metal. Muitas vezes, os guardas enfiam os tubos de metal com tanta força na garganta que muitos prisioneiros sofrem hemorragia interna. Estou certo que isso não preocupa muito o Almirante Harris. E se alguma vez ele perdeu o sono por causa das torturas e suas implicações éticas e legais, ele pode relaxar sabendo que o Pentágono virá em seu socorro.

Segundo o Los Angeles Times, os militares está preparando uma nova versão do Manual de Campo do Exército que vai eliminar a sentença que proibe “tratamento humilhante e degradante” de prisioneiros sob a guarda dos EUA. Até agora, se alguém torturava física ou mentalmente um prisioneiro, enquanto vestindo um uniforme americano, podia ficar tranquilo porque havia pouca chance de alguém pegá-lo, pois ele estava fazendo apenas o que todo mundo fazia. Se alguma prova aparecesse e fosse divulgada pela mídia, os superiores então o sacrificariam. Era uma regra explícita, não escrita. Em Abu Ghraib, poucos soldados e sargentos foram condenados. Nenhum capitão, coronel ou general pagou pelos seus crimes. Eles davam as ordens, mas não eram responsáveis.

O grande problema com a versão antiga do Manual de Campo do Exército era o que estabele o Artigo 3 da Convenção de Genebra, que proibe expressamente “a qualquer hora, em qualquer lugar tudo o que for ...violência contra a vida e contra a pessoa, assassinatos de toda espécie, mutilações, tratamento cruel e tortura, ultraje à diginidade pessoal e, em particular, tratamento humilhante e degradante”. Na nova versão do Manual de Campo, o artigo 3 pode ser eliminado. A matéria do Times ouviu uma pessoa ligada à revisão do Manual que afirmou: “O pensamento geral é que eles necessitam de flexibilidade para aplicar técnicas cruéis, se a necessidade militar assim o exigir”.

O Manual de Campo funcionará daqui por diante como uma mensagem subliminar aos soldados da América e fará com que eles se sintam bem quando tiverem que cumprir as ordens recebidas. Seus traseiros estarão protegidos e ninguém, se a Casa Branca puder impedir, será processado outra vez por tortura. “Tratamento humilhante e degradante” estão “na moda” na América, como as tortas de maçã, o Quatro de Julho e as S.U.Vs.




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