domingo, 9 de março de 2008

Nelson Rodrigues Já Virou Clichê

Não consegui fazer com que o Youtube tirasse esse entediante vídeo do Gregori Pavan aí do lado. Sempre quando tento tirá-lo, vejo que precisaria tirar meu vídeo, Big Brother Literatura Brasilis.
O moço que postou, Gregori Pavan, é provavelmente um grande fã do rodízio de berinjela que é o Big Bode. Eu simplesmente achei os vídeos dos participantes engraçados e quis agradar minha mulher fazendo uma paródia dos vídeos que os palhaços mandam, sempre caindo ou escorregando no final. Coitado desse moço, o Gregori. Eu me referi, nesse vídeo, ao cinema soviético e ao Glauber, onde as imagens não se sincronizavam com a trilha sonora. Vandré comentando as pessoas dançando a emburrecedora Axé Music foi um bom comentário político mudo.

Nelson Rodrigues escrevia bem, mas Oswald de Andrade é que renovou o teatro brasileiro moderno. Nelson Rodrigues fez Vestido de Noiva e outras peças como modernismo domesticado: ele é uma celebridade midiática, diz e escreve os escândalos que a mídia quer e queria ver. Tanto que hoje em dia a Globo faz adaptações ora de mau gosto de Nelson, como um episódio de A Vida Como Ela é onde o sujeito se enforcava, vestido de noiva, na véspera de seu casamento. E teve gente que me perguntou se a peça era isso. Achei de um ridículo atroz. E isso passa como o melhor de nossa dramaturgia, como se Pedro Bloch, Boal, Vianinha, Jorge Andrade e outros não fossem bons.

No futuro, como disseram na última Caros Amigos (já viram? Nassif detonou o Diego Alemão Mainardi, que agora sim, arrumou para a cabeça, juntamente com o posudo bobão Reinaldo Azevedo) estaremos vendo Shit Vip, com celebridades cagando nos banheiros mais luxuosos do mundo. E competirá com Maligno!, programa que mostrará os tumores de famosos. A recepção "loura burra" de Nelson justiceiro no Bigue Bóde. Lá, o máximo que se chega é a admitir intra muros experiências sexuais alternativas (ai, que trangressão, Bataille e Sade estão arrancando os cabelos no túmulo!) e repetir clichês (Ruy) castristas. A biografia féchion feita para bombar na mídia.

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